O Brasil tem se especializado em criar um tipo de lideranças apolíticas, que poderíamos Classificar de Ambientalóide Urbano, um sujeito filinho do papai, que estudou num ótimo colégio particular, passou na Universidade Pública, nunca foi ao interior do seu Estado, mas conhece Londres, Paris, Nova York e fala com propriedade sobre a conservação do meio ambiente sobre a ótica das ONGS Internacionais financiadas pelos Governos americano e Inglês.
Acho que devemos prestar muita atenção nisto, a quem interessa limitar a capacidade produtiva de alimento do Brasil ? Enquanto o ambientalóide brada, o agricultor de mãos calejadas, pele manchada pelo Sol, segue criando seu Gado pelos morros, planaltos e planíces, os chiqueirões de porcos que sustentam famílias inteiras, estão ali, no costado da Serra, e as parreiras? Como não plantar Uvas na Serra Gaúcha? É claro que grande parte da nossa produção de Uvas está em enconsta de Serra, e isso é APP (Área de Preservação Permanente)?
O que é mais poluidor? A produção de alimentos capaz de sustentar famílias por todo interior pujante do Brasil, ou a miséria que a inutilização desses Campos vai gerar? Aprovar o Código Ambiental, sem as áreas consolidadas é aumentar a pobreza no país, é mandar famílias inteiras do campo para a cidade, é acabar com a vida de milhares de jovens que nos mais longínquos rincões trabalham com a família pelo seu sustento!
Não vamos nos enganar com argumentos fáceis daqueles que nunca viram diante de seus olhos um pasto, uma terra de vermelha, que não conhecem nada além do carpete de seu apartamento luxuoso, da sala de embarque do aeroporto Charles De Gaule e o do mundo que acessam pelo seu IPAD. Sou a favor do Brasil, a favor do meio ambiente capaz de gerar sustentabilidade para o povo e a produção de alimentos, e para isso só com a aprovação das áreas consolidadas no Código Ambiental. Quem vai vencer essa guerra? Não sei. Mas o Brasil pode perder, e perder muito.
Daniel Kieling
*Presidente da Juventude do PMDB do Rio Grande do Sul
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